Uma grande decepção...

09 Maio 2014

Uma grande decepção...

Em preparações para os UAVs (finalmente) voarem a partir do Diplodus, foi arranjado espaço no convés com a remoção do Wave Glider pela tripulação. A caixa do WG também precisava de ser substituída, portanto deixa-lo em terra era importante. A equipa UAV estava animada por finalmente ir para o mar...!
Joel e Fortuna entretanto começaram a montar o X8 no convés da proa  em antecipação do vôo. O Diplodus está ainda na doca.
Esta composição praticamente diz tudo. Fotografada pelo Artur Zolich da doca, ele mostra o Diplodus com um emocionado Joel pronto para sair para o mar. E então... a descoberta de um problema com a propulsão quando ainda no porto. E ter que voltar atrás. A Imagem na parte inferior mostra uma não muito feliz Margarida e Fortuna com a tripulação.
Na doca em Olhão, o capitão e a tripulação decide olha para as entranhas da embarcação e discutir o resultado, que acabou por ser negro. Em primeiro lugar, um cancelamento da navegação do dia, seguido por uma navegação futura indeterminada. Todos estão frustrados e a equipa da FEUP é forçada a voltar à quinta, posteriormente.
Enquanto isso, do outro lado do cais, Nuno, Lara, Ana e Francisco visitam ao tanque em terra com alguns Molas. Estes são os nossos peixes-lua de backup, se não for possível capturar mais nenhum na rede ao largo.
Enquanto isso, do outro lado do cais, Nuno, Lara, Ana e Francisco visitam ao tanque em terra com alguns Molas. Estes são os nossos peixes-lua de backup, se não for possível capturar mais nenhum na rede ao largo.
A equipa composta por Bruno Loureiro, Marina Oliveira, Renato Caldas, Jorge Neiva e Tiago Rodrigues que trabalharam até tarde para concluir os marcadores, no laboratório na FEUP
Com planos de contingência rápidos feitos uma vez na quinta, João fala com alguns amigos na Polícia Marítima local, que são mais do que úteis e nos permitem utilizar um local perto da fronteira Portuguesa-Espanhola. Os nossos amigos da Polícia vêm assistir nossos voos com UAV com João e Kanna e também fazer o controlo de tráfego.
A equipa UAV responde com rapidez e prepara o lançamento literalmente num arbusto e perto de uma frente oceânica. Fazemos vários voos e acumulamos alguns sucessos incluído repetidos voos com o T-REX, utilizando as camaras de luz visível e infra-vermelho (pela primeira vez) e finalmente com a antena Pan/Tilt para voos de maior distância e altitude. Um grande suspiro de alívio para a equipa!
Margarida e Filipe Ferreira, que chegou do Porto nesta manhã para dar apoio à equipa UAV, discutem a colocação da antena Pan/Tilt
Filipe prepara a catapulta. Enquanto isso, algumas pessoas que passavam mostraram curiosidade no que se estaria a fazer mas não pararam para perguntar, provavelmente dissuadidos pela presença do nossos amigos da Polícia Marítima
Filipe e Joel lançam o o X8 para a sua primeira missão.
Uma aterragem na estada irregular com um bom vento de frente para reduzir os efeitos da raspagem no chão (lembrem-se que os UAV não têm rodas), Margarida e Joel recuperar o X8 depois de um voo bem-sucedido. A confiança aumenta lentamente…
Mais voos com Joel, Margarida e Fortuna ao leme. O set up, como pode ser visto foi improvisado.
Após uma aterragem pouco macia, Joel aterra o X8 num pântano (seco), com sucesso.
A Polícia mostra muito interesse na forma como Fortuna controla o X8 usando o Neptus. Muitas preguntas colocadas

Sexta, 9 de Maio parecia mais um dia com a equipa UAV a fazer as honras e a acordar e sair da casa cedo para o Diplodus para terem a sua hipótese de se prepararem na embarcação. Mas uma grande deceção avizinhava-se…

Na chegada à doca em Olhão, a tarefa do Artur Zolich era coordenar a retirada do Wave Glider do convés do Diplodus, tanto para arranjar à equipa UAV algum espaço precioso para a aterragem na rede (uma melhor do que a que estava em terra) e, também para instalar a à muito antecipada caixa de eletrónica no Wave Glider chegada da Liquid Robotis na Califórnia, que tinha estado presa na alfândega. Com isso fora do caminho, a equipa começou os seus preparativos avidamente enquanto se preparava o barco para a partida. A apenas 50 metro da doca o mestre notou um problema e (de forma inteligente) inverteu o sentido e voltou à doca a baixa velocidade. Foi determinado que este era um problema sério e por isso a partida foi cancelada! Pior, o mestre verificou que isto precisaria de análise mais profunda e não podia prever daqui a quanto tempo poderia voltar para o mar. Escusado será dizer que foi isto duro para todos

João e a tripulação voltaram à quinta para discutirmos os próximos passos. Rapidamente percebemos que devíamos aproveitar o momento e continuar a voar. Algumas chamadas e alguns amigos da Polícia Marítima com jurisdição nas áreas de praia foram chamados. Precisávamos mesmo de ir até à água ver como as câmaras funcionavam. Não era algo que podíamos fazer nos testes perto da quinta.

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Assim a equipa UAV partiu para um canto (literalmente) remoto de Portugal, em terras fronteiriças de Portugal e Espanha perto da cidade de Vila Real de Santo António; o mapa acima mostra a linha preta como fronteira a meio do rio. Estivemos mesmo ao lado dele, mas com cuidado a operar em espaço aéreo Português. A equipa rapidamente montou o material e deu início aos voos. Voos rápidos até bem tarde às 7h45, a equipa executou um grande número de missões e marcou com sucesso voos com T-REX, a câmara infravermelho e a antena Pan /Tilt, todos teste importantes que precisavam de ser realizados! Embora não fosse bem o que tínhamos em mente, isto foi sem dúvida para a moral. Um obrigado à Polícia Marítima.

Entretanto, no Porto, Renato que nos deixou na noite anterior, continuous o trabalho a contruir mais marcadores ARGOS no laboratório na FEUP. A ajuda-lo estava também Marina (que está também a trabalhar na divulgação), Jorge Neiva, Tiago Rodrigues e Bruno Loureiro. Trabalhando até tarde, conseguiram recuperar o tempo perdido com os atrasos das entregas dos marcadores e incorporar um novo design desenvolvido depois de alguns marcadores não terem funcionado bem

O João e o Kanna ficaram para uma jantar, tarde à noite (afinal estavam próximos da fronteira Espanhola) com o Capitão da Polícia Marítima, Pedro Borges, que deu a conhecer os seus desafios (e satisfações) diários em estar ao serviço neste canto bastante turístico de Portugal. E depois todos para a cama, bem depois da meia-noite!