Uma grande decepção...
Sexta, 9 de Maio parecia mais um dia com a equipa UAV a fazer as honras e a acordar e sair da casa cedo para o Diplodus para terem a sua hipótese de se prepararem na embarcação. Mas uma grande deceção avizinhava-se…
Na chegada à doca em Olhão, a tarefa do Artur Zolich era coordenar a retirada do Wave Glider do convés do Diplodus, tanto para arranjar à equipa UAV algum espaço precioso para a aterragem na rede (uma melhor do que a que estava em terra) e, também para instalar a à muito antecipada caixa de eletrónica no Wave Glider chegada da Liquid Robotis na Califórnia, que tinha estado presa na alfândega. Com isso fora do caminho, a equipa começou os seus preparativos avidamente enquanto se preparava o barco para a partida. A apenas 50 metro da doca o mestre notou um problema e (de forma inteligente) inverteu o sentido e voltou à doca a baixa velocidade. Foi determinado que este era um problema sério e por isso a partida foi cancelada! Pior, o mestre verificou que isto precisaria de análise mais profunda e não podia prever daqui a quanto tempo poderia voltar para o mar. Escusado será dizer que foi isto duro para todos
João e a tripulação voltaram à quinta para discutirmos os próximos passos. Rapidamente percebemos que devíamos aproveitar o momento e continuar a voar. Algumas chamadas e alguns amigos da Polícia Marítima com jurisdição nas áreas de praia foram chamados. Precisávamos mesmo de ir até à água ver como as câmaras funcionavam. Não era algo que podíamos fazer nos testes perto da quinta.
Assim a equipa UAV partiu para um canto (literalmente) remoto de Portugal, em terras fronteiriças de Portugal e Espanha perto da cidade de Vila Real de Santo António; o mapa acima mostra a linha preta como fronteira a meio do rio. Estivemos mesmo ao lado dele, mas com cuidado a operar em espaço aéreo Português. A equipa rapidamente montou o material e deu início aos voos. Voos rápidos até bem tarde às 7h45, a equipa executou um grande número de missões e marcou com sucesso voos com T-REX, a câmara infravermelho e a antena Pan /Tilt, todos teste importantes que precisavam de ser realizados! Embora não fosse bem o que tínhamos em mente, isto foi sem dúvida para a moral. Um obrigado à Polícia Marítima.
Entretanto, no Porto, Renato que nos deixou na noite anterior, continuous o trabalho a contruir mais marcadores ARGOS no laboratório na FEUP. A ajuda-lo estava também Marina (que está também a trabalhar na divulgação), Jorge Neiva, Tiago Rodrigues e Bruno Loureiro. Trabalhando até tarde, conseguiram recuperar o tempo perdido com os atrasos das entregas dos marcadores e incorporar um novo design desenvolvido depois de alguns marcadores não terem funcionado bem
O João e o Kanna ficaram para uma jantar, tarde à noite (afinal estavam próximos da fronteira Espanhola) com o Capitão da Polícia Marítima, Pedro Borges, que deu a conhecer os seus desafios (e satisfações) diários em estar ao serviço neste canto bastante turístico de Portugal. E depois todos para a cama, bem depois da meia-noite!