Localização de Investigadores a nadar, as primeiras marcações e a Marinha ao resgate

12 Maio 2014

Localização de Investigadores a nadar, as primeiras marcações e a Marinha ao resgate

João and Kanna com o paixe-lua de isopor marcado, a nadar ao largo da costa de Vila Real de Santo António e a serem identificados por um X8 a 100m.
João and Kanna com o paixe-lua de isopor marcado, a nadar ao largo da costa de Vila Real de Santo António e a serem identificados por um X8 a 100m.
A fazer o debug da catapulta. Da esquerda: Filipe, João, Fortuna e Joel.
A lançar o X8 com muitos olhos e camaras de vídeo para avaliar a alteração da catapulta
Mola com o SPOT-13 a ser lançado do barco da Tunipex.
Outro Mola, com um marcador ARGOS a ser largado. O lançamento foi feito perto da rede de pesca de atum ao largo de Olhão
Mola com marcador ARGOS a afastar-se
Um trabalho bem feito. Ana e Lara ao fim da tarde depois das marcações
Nuno a liderar a discussão sobre a correlação entre os seguimentos de Molas de teste da passada semana, com os três marcados esta manhã.
Debrief do fim do dias e os seus participantes.

Com o Diplodus, o nosso barco ostensivo, poder-se-ia pensar que segunda-feira, a data original para início da experiência seria, parada. Aparentemente não. Não só se marcaram os primeiros Molas (para subsequente acompanhamento), também fizemos voos adicionais a tentar identificar Molas (e marcadores) de 100 metros de altura, e também recebemos resposta dos nossos amigos da Marinha Portuguesa.

Ao raiar do dia, Lara, Ana, Nuno e o nosso visitante Açoriano Jorge Fontes partiram para marcar Molas; 5 de manhã (2 SPOTS e 3 ARGOS) e 5 à tarde. Isto envolve (por agora) transportar Molas do nosso tanque na costa, na barco da companhia de pesca de atum(Tunipex de Olhão) para a rede, marca-los e liberta-los muito como nas imagens acima. Para nossa deceção, os marcadores ARGOS ainda não funcionaram bem até agora se bem que os originalmente suspeitos SPOT tenham. É possível ver no HUB, 3 SPOTS da sessão de marcação hoje, já visíveis e surpreendentemente na mesma direção que o nossa Mola de teste marcado na segunda-feira dia 5. Todos nós com Nuno e Javier a liderarem estamos a tentar relacionar várias fontes de informação (incluindo frente oceânicas locais) para descobrir o porquê.

Entretanto, a equipa UAV saiu um pouco mais tarde em direção do novo compao de operações numa área remota de Vila Real de Santo António, com o intuito de voar sobre a água e tentar identificar o Mola de isopor marcado com marcadores ARGOS e SPOT, para determinar o que iriam “ver” através da sua camara. O seu primeiro lançamento foi turbulento, em análise pelo Filipe, parecia que havia um erro de design na forma como o suporte de fibra de carbono suportava as barras de lançamento que seguram as asas do X8. Quando o Kanna e o João se juntaram, a equipa discutiu e chegou a uma série de alternativas; mas foi ideia do Joel que talvez estivéssemos a impulsionar o veículo com demasiada força levando à oscilação das barras de lançamento. Numa observação mais cuidada do vídeo de lançamento, esse pareceu ser o caso. Assim adotamos a sua sugestão de reduzir a tensão dos elásticos ao remover um de cada lado, e ao mesmo tempo aumentar o pouco a tensão do elástico remanescente. As condições de vento (de frente) também ajudaram e os lançamentos seguintes pareceram correr bem. Ficamos satisfeitos por conseguir resolver os problemas!

Com isso fora do caminho, os investigadores responsáveis saltaram alegremente para dentro das quentes águas do Algarve (conhecido como 'al-garve al-andalus' ou oeste de Andaluzia pelos Mouros). Isto foi claramente para corresponder um objetivo cientifico, mesmo não sendo um apoiado por agências de financiamento!!! João e Kanna levaram o Mola de isopor para as calmas e quentes águas do Algarve com quase ninguém nesta esplendida praia, e fizeram de conta se peixes lua, a serem incomodados por um X8 a passar, com uma camara a apontar para baixo. Imagens pós-missão mostram que detectar alvos do tamanho do peixe-lua é exequível, mesmo não sendo possível ver o marcador. O X8 foi guiado pelos sinais de latitude e longitude emitidos por ambos os marcadores ARGOS e SPOT. Porque é que os marcadores ARGOS funcionaram aqui e não com os peixes marcados de manhã é um pouco um mistério.

Depois de nadar (ah.. quero dizer TRABALHAR), os coordenadores e a equipa UAV arrumaram as coisas e foram para a quinta e o João e Kanna foram verificar o Diplodus. Ainda sem alterações. Uma peça em falta da caixa do Sistema de propulsão não pode ser encontrada em Portugal, e não há estimativa para quando o barco possa estar funcional. Este foi um golpe duro.

Mas mesmo nessa manhã, uma agradável surpresa com uma chamada da Marinha portuguesa. Uma lancha da patrulha costeira da classe ARGOS (sim temos muitas ARGOS neste projeto) estava disponível para nosso uso salvo algumas emergências a que o capitão do navio tivesses de responder. O único senão é que o navio está sediado em Vilamoura, a uma viagem de 45 min da nossa base na quinta. Nesta altura não tínhamos muitas hipóteses dado o estado do Diplodus.

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Para aproveitar esta oferta, João Pereira, Zé e Renato imediatamente saltaram para o carro para levar o Xplore-1 de Olhão para Vilamoura em preparação para usar o navio ARGOS para o mapeamento em torno de um peixe-lua marcado nessa manhã

Planos foram feitos e escritos numa parede, mandou-se vir comida e o dia terminou com um jantar tardio e com a perceção de que o que é planeado não é o que sempre acontece. Uma valiosa lição para os mais novos entre nós.