A meteorologia apresenta… um dia duro no mar

19 Maio 2014

A meteorologia apresenta… um dia duro no mar

Sem nenhum Mola à superfície, a equipa AUV aproxima-se do Wave Glider para fazer um mapeamento com o AUV à sua volta.
O barco de pesca alugado para a equipa AUV, Vitamin Sea, a aproximar-se da doca de Olhão.
No Vitamin Sea, a fazer o trânsito matinal pelo canal de Olhão
Artur a monitorizar o Wave Glider para um potencial mapeamento coordenado AUV/WG do “corredor dos Mola”
Um exausto João Tasso a fazer um intervalo do cansaço de que a equipa AUV foi vítima devido ao mau tempo que subitamente apareceu a meio da manhã.
Entretanto, João Pereira e Fortuna constroem uma vela aquática simples para um drifter igualmente simples, para validar medidas do modelo das correntes de superfícies para Javier e Francisco.
Entretanto, João Pereira e Fortuna constroem uma vela aquática simples para um drifter igualmente simples, para validar medidas do modelo das correntes de superfícies para Javier e Francisco.
O dispositivo completo a secar depois de um teste na piscina
Como lidar com a frustração do tempo (e do navio)? A ver vídeos no Youtube… Pereira, Joel e Artur a divertirem-se.

Segunda foi um dia em que sabíamos que o tempo estava a mudar, e a mudar rapidamente. Mas precisávamos de ver para crer, e por isso a equipa de AUVs saiu no pequeno barco de pesca (o Vitamin Sea; a sério!) para o ‘corredor de peixes-lua’, o pedaço de água por onde vimos anteriormente que os peixes se deslocavam para chegar ao Golfo de Cádis. O plano era que se nenhum peixe emergisse, pelo menos o Wave Glider seria uma potencial alvo para o mapeamento.

E foi para aqui que orientámos as coisas. Ao aproximarem-se da área, a estação em terra com Artur e Kanna sugeriu um trânsito para onde o Wave Glider estava a operar, ao mesmo tempo que Lara e Ana transportavam os peixes mantidos no tanque para o mar, para os marcar e soltar. A equipa AUV navegou em direção ao Hermes e o lançou o AUV Xplore-1 para uma mapeamento de 500m x 500m. Durante o mapeamento, Artur e Kanna alertaram a equipa para o SPOT-10 (agora chamado Ralph pelos alunos de 8º ano do Porto) que emergiu a menos de 3Km deles. A missão foi abortada e o veículo dirigiu-se para a nova área alvo. No entanto, após executado o primeiro lado do padrão de 50m em ioiô à volta da última posição conhecida de Ralph, o AUV mostrou um problema no controlo e mergulhou repetidamente até aos 60m. A missão teve de ser abortada principalmente porque o tempo se agravava rapidamente. Em poucos minutos decidiu-se que o mar estava a ficar demasiados agitado para a pequena embarcação e os seus ocupantes e então voltaram para a costa.

A equipa AUV teve um destino semelhante. Agora que Frederik Leira da NTNU se juntou à equipa, dirigiram-se à Fuseta para voar da costa. A esperança era a de que se um Mola aparecesse perto da costa, com a ajuda da antena Pan/Tilt, poderiam fazer um voo sobre o oceano e detetar uma peixe marcado. Não tiveram sorte. Desde de as 8h esperaram enquanto o vento se tornava mais forte; pelas 11h tiveram de abandonar os planos e voltar às quinta, depois de almoçarem.

Os mais empreendedores entre nós, aproveitaram o estado do tempo para construir um drifter simples. João Pereira e Fortuna, com o recrutamento ocasional de membro da equipa que passavam, passaram a tarde a costurar uma vela aquática de 2m para o drifter, um que custasse menos de 100 €. O objetivo era aumentar o modelo de previsões do Javier e Francisco com alguns dados extras de pontos reais.

Com uma tarde calma sem muitas coisas sob o nosso controlo, os ocasionais vídeos do Youtube ou vídeos patéticos da televisão Americana, tornaram-se um escape para alguns de nós, especialmente os mais novos. O dia terminou com uma visita ao restaurante (felizmente novo) em Tavira e uma caminhada para admirar a cidade.