Terça, dia 20, o tempo não melhorou. Com ventos de 10-15 nós na quinta, sair para o mar onde estava pior, estava fora de questão. Assim ficamos presos, mais uma vez. Nem a equipa dos AUVs nem a dos UAVs foi capaz de operar, devido aos ventos fortes e às condições de mar.

Nem tudo estava perdido, e durante a tarde decorreu a videoconferência com os alunos do 8º ano de Vila do Conde, no Porto. Marina preparou a ligação com Filipe (que já tinha estudado naquela escola anos antes). Assim participaram nas aulas de ciência cujo foco incidiu nesta experiência durante as duas últimas semanas. Apesar da timidez inicial, muito rapidamente começaram a fazer perguntas. E tinham uma surpresa para nós: tinham um peixe-lua para dissecar, pescado localmente e doado à escola pelos pais de um dos estudantes. Isto foi uma novidade para nós perceber que os alunos prestaram de facto atenção e falaram mesmo com os pais. Todos nós na quinta ficamos entusiasmados. Do nosso lado a interação foi com Lara, Zé Pinto, João Pereira e Fortuna que falaram sobre os vários aspetos da experiência. A Lara foi a que respondeu a mais questões como mostram o vídeo e fotos desta entrada do blog. Sem dúvida causamos uma impressão nestes miúdos e temos esperança que alguns encontrem motivação para se tornarem cientistas e engenheiros.

Entretanto na quinta, a nossa empreendedora equipa continuou o trabalho na construção dos (bastante) baratos drifters. Também continuaram a monitorização do Wave Glider e a verificação dos dados ocupou grande parte dia, sem falar na viagem até Tavira para ir buscar a comida. Continuamos com esperança que o tempo melhorasse, mas à noite só ficou mais frio.